sexta-feira, 22 de abril de 2011

Paralelos acerca do fenômeno Viagem Astral I

Projeção da consciência, experiência fora-do-corpo (EFC), experiência extracorporal, desdobramento, projeção astral ou viagem astral são termos usados, de modo alternativo, para designar as experiências fora-do-corpo (do inglês, out-of-body experience – OBE) ou estados alterados de consciência. 

Tais fenômenos podem ser supostamente realizados por qualquer pessoa, por meio do sono, via meditação profunda, técnicas de relaxamento, ou involuntariamente, durante episódios de paralisia do sono, trauma, variações abruptas da atividade emocional e estresse.

Experiência de quase-morte, deprivação sensorial, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro, estimulação eletromagnética, experiências de ilusão de óptica controladas, e através de efeitos neurofisiológicos por indução química de substâncias comumente descritas como drogas. 

Exemplos de tais substâncias correlacionadas com a fenomenologia das experiências extra-corpóreas são o Cloridrato de cetamina, a Galantamina, a Metanfetamina, o Dextrometorfano, a Fenilciclidina e a Dimetiltriptamina (presente na bebida ritualística Ayahuasca)


A Projeciologia, fundamentada nos experimentos pessoais de projetores conscientes e sistematizações destas autopesquisas - inicialmente proposta por Sylvan Muldoon e sistematizada por Waldo Vieira - confirma que, durante a projeção lúcida, o indivíduo está ciente de que se encontra fora do próprio corpo físico projetado por meio do corpo astral (também chamado de perispírito ou psicossoma), que são entidades imateriais. Por intermédio da projeção da consciência é possível conhecer supostas dimensões extra-físicas.

Existem diversos relatos de projeções conscientes, inclusive publicados em forma de diário. Um deles é intitulado "Viagens Fora do Corpo" (1971) do autor Robert Monroe, um empresário estadunidense.

A projeção da consciência é uma experiência tipicamente subjetiva, descrita, muitas vezes, como próxima à sensação corporal de estar flutuando como um balão, e, em alguns casos, conforme relatos, havendo a possibilidade de estar vendo o próprio corpo físico, olhando-o sob o ponto de vista de um observador, fora do seu próprio corpo (autoscopia). Estatisticamente, uma em cada dez pessoas afirma ter tido algum tipo de experiência fora do corpo em suas vidas.

A Projeciologia propõe a Hipótese do Corpo Objetivo, ou seja, que o psicossoma é um corpo real porém não físico. Tal hipótese contrapõe as teorias psicológicas ou que atribuem ao fenômeno projetivo uma experiência meramente subjetiva de caráter alucinógeno. Algumas experiências teóricas podem reforçar a hipótese da objetividade da experiência fora do corpo. 

O fenômeno de aparição intervivos, onde uma pessoa projetada deve ser vista por outras testemunhas físicas, noutro ambiente, distante de onde o seu corpo físico se encontrava no momento da experiência, pode servir para determinar a objetividade do fenômeno enquanto interpretação espiritual. Por enquanto, não há nenhum estudo científico que passou por revisão por pares que confirme tal hipótese.

A projeção astral, com frequência, é associada ao esoterismo e o movimento da Nova Era. Paralelamente, a medicina começa a tratar seriamente este fenômeno - com mais atenção devido aos inúmeros relatos de experiências quase-morte (EQM). Explicações científicas que seguem o princípio da parcimônia fazem previsões suficientes e pontuais a cerca do fenômeno de experiências quase-morte (EQM) e outros estados alterados de consciência.

Os céticos vêem as projeções de consciência como alucinações. Essa hipótese é apoiada em experimentos nos quais há a indução do estado quase-morte (EQM) por medicações anestésicas como a quetamina, pela indução de hipóxia cerebral [9], estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro e outros cenários de alteração neurofisiológica e cognitiva, como suportados por experimentos.

A hipótese de alucinação segue a Navalha de Occam, o princípio da parcimônia, pois não há nenhum estudo que sustente a existência de um plano não-físico, não-mensurável aonde há interação de substância não-físicas com substâncias físicas (causalidade) , devido, pontualmente, ao caráter não-mensurável e estritamente subjetivo, onírico e possivelmente alucinógeno das experiências.

Não há resistência por parte de pesquisadores para o estudo de fenômenos, basta que uma análise de caso faça surgir uma teoria científica. Uma teoria científica segue o método científico para tentar descrever um fenômeno com austeridade e realizar previsões com alto grau de precisão. 

Uma teoria com proposições a cerca de elementos não-mensuráveis (não detectados) que são por definição não-físicos não conseguem descrever a realidade, situação em que a teoria é descartada porque se torna irrefutável (falseabilidade). Todos os centros de pesquisa científicos seguem o naturalismo biológico como posicionamento filosófico capaz de descrever o mundo com precisão e gerar conhecimento confiável. 

Se um fenômeno não pode ser detectado por aparatos físicos, ou seja, por aparatos científicos, então muitos fenômenos podem existir de maneira aleatória e nenhum tem relevância maior porque não podem ser detectados por mais que o pesquisador espiritual insista no caráter particular, privado e introspectivo do fenômeno. 


Vale lembrar que inúmeros danos cerebrais também sustentam experiências subjetivas, privadas, mas nenhuma se traduz como confiável para descrever a realidade. Sonhos podem ter seu conteúdo cognitivo visualizado através de aparatos neurocientíficos, aonde o pesquisador consegue montar quadros dos esquemas audiovisuais que o paciente está experienciando. Uma mesma aproximação de estudo já criou uma máquina capaz de ler os pensamentos de maneira rudimentar.

Segundo as pesquisas da Projeciologia, ciência proposta pelo médico brasileiro Waldo Vieira, durante o sono, quando o metabolismo e as ondas cerebrais diminuem, os laços energéticos que seguram o psicossoma ao corpo físico se soltariam, então a pessoa, através do psicossoma, seria projetada para fora do corpo humano. 

Dependendo do estado de lucidez, são relatados posteriormente como sonhos, sonho lúcido ou uma experiência extracorpórea totalmente lúcida. Não importa o quanto estiver afastada do corpo humano, a consciência estará sempre ligada a ele, pelo "cordão de prata", um feixe de luz que só se romperia quando ocorrer a primeira morte (morte biológica) e voltaria quando solicitado, impossibilitando que se fique preso extra fisicamente.

Segundo a concepção espírita, o desdobramento trata-se de um processo de exteriorização do perispírito do corpo físico. O perispírito, durante este processo, sempre permanece ligado ao corpo por uma espécie de cordão umbilical fluídico. É um estado de relativa liberdade perispiritual, análogo ao sono, em que podemos agir semelhantemente a um desencarnado, podendo nos afastar a distâncias consideráveis de nosso corpo físico. 

O desdobramento pode ser inconsciente ou consciente e, nesse último caso, pode ser iniciado através de operadores encarnados ou desencarnados (benfeitores ou obsessores). Também pode ser parcial, que é quando o perispírito não deixa o corpo físico totalmente (situação na qual as faculdades psíquicas são muito ampliadas) ou total, quando o perispírito deixa o corpo físico. 

Os portadores desta faculdade têm sonhos vívidos, coerentes e nítidos em que assistem a cenas que, mais tarde, descobrem terem sido fatos reais ocorridos em outros lugares. Podem, também, ter visões de cenas fantásticas, com muito realismo, ouvir sons e até sentir contato dos lugares onde forem. Essa faculdade pode ser desenvolvida através de exercícios metódicos. Também é chamado de desdobramento astral, exteriorização ou emancipação da alma. 


Alguns tipos de projeções e níveis de lucidez

    * Projeção inconsciente: ocorreria quando o projetor sairia do corpo totalmente inconsciente. Seria um "sonâmbulo extrafísico". A maioria absoluta da população do planeta faria esta projeção durante o sono ou cochilo e estas seriam posteriormente relatadas como sonhos.

    * Projeção semiconsciente: ocorreria quando o grau de consciência é intermediário, e a pessoa ficaria sonhando acordado fora do corpo, totalmente iludido por suas idéias oníricas. Conhecido também como sonho lúcido.

    * Projeção consciente: ocorreria quando o projetor sairia do corpo e manteria a sua consciência durante todo o transcurso da experiência extracorpórea. São poucos que dominariam esta projeção.

- Tipos de projeções

    * Projeção em tempo-real: quando o projetor projetaria-se para fora do corpo físico e cairia num suposto plano mais próximo ao plano físico, vivenciando tudo ao seu redor. Quem conseguiria este tipo de projeção, poderia supostamente relatar acontecimentos do cotidiano, naturais e extrafísicos. Supostamente, dependendo o nível do projetor, seria possível interagir com o plano físico.

    * Projeção involuntária: ocorreria com a maioria das pessoas que acordariam dentro dos sonhos sem sua própria vontade.

    * Experiência de quase-morte: seria a experiência ocorrida quando, devido a uma doença grave ou acidente, a pessoa sofre o chamado "estado de quase morte". O coração e todos sinais vitais, inclusive as ondas cerebrais detectadas por aparelhos, parariam e a morte clínica do paciente estaria atestada pelos médicos. Nessas situações, acredita-se que o suposto 'espírito' não se desligaria do 'corpo físico' e o paciente "milagrosamente" ressuscitaria, ou seja, apenas que a experiência subjectiva se mantém porque o sistema nervoso ainda apresenta atividade ínfima, pois o processo de necrose (morte celular não-programada) não se instalou. 

Após o retorno de consciência, cerca de 11% dos pacientes relatam experiências detalhadas a cerca de como podem supostamente descrever com detalhes aconteceu enquanto estava "morto", pois, na interpretação dualista, manteriam a consciência ou espírito no suposto plano astral, fora do corpo físico, enquanto tinham a sensação de pairar sobre o corpo. Entretanto, para o espiritualista e parapsicólogo Titus Rivas, a EQM não pode ser completamente explicada por causas fisiológicas ou psicológicas, pois a consciência funcionaria independentemente da atividade cerebral.

    * Projeção voluntária: este tipo de experiência poderia ser induzida através de técnicas projetivas, meditação, amparo de supostas entidades extra-físicas, entre outras. Segundos os praticantes de Yoga, Teosofia, algumas correntes filosóficas e escolas de estudos do pensamento a "projeção consciente" poderia ocorrer com qualquer pessoa, esteja ela consciente do fato ou não. Isto quer dizer que uma pessoa poderia "projetar sua consciência" sem saber que está realizando esta ação, no entanto, seu subconsciente está plenamente ciente da condição existencial que está sendo vivenciada.


Fenomenologia das experiências extra-corpóreas

    *  Ballonnement - sensação de abaloamento, flutuação.

    *  Catalepsia projetiva - estado em que a consciência ou experiência subjectiva se encontra no corpo, mas sem domínio sobre este; é comum no começo e principalmente no fim da experiência extracorpórea, normalmente durando poucos instantes; estado de paralisia astral passível de ocorrer durante a projeção, normalmente com praticantes iniciantes espiritualistas.

    * Estado vibracional - sensação de estado vibracional interior.

    * Ruídos intracranianos - ruídos naturais que podem ocorrer no momento do deslocamento do psicossoma (ou corpo astral) para fora do corpo físico.

Toda fenomenologia está inserida na experiência, seja ela de cunho espiritualista (durante a meditação ou prática de atividade espiritual) ou durante episódios de paralisia do sono, traumas, experiência de quase-morte, estimulação elétrica do giro angular direito do cérebro e outras experiências de ilusão de óptica controladas, além de outras descritas a seguir.

- Experimentos

A projeção da consciência na sua ontologia dualista não sustenta nenhuma teoria científica, ou seja, não possui um modelo de síntese consistente de hipóteses e previsões testáveis, sendo assim classificada como pseudociência. Uma teoria falseável (falseabilidade) faz predições suficientemente precisas para que a teoria possa ser suficientemente refutada. Embora existam muitas interpretações sobre os chamados veículos espirituais ou astrais, nenhum apresenta hipóteses e previsões testáveis.

Várias experiências foram feitas por Charles Tart, entre eles Psychophysiological Study of Out of Body Experiences in a Selected Subject (Estudos Psicofisiológicos de Experiências Fora do Corpo em um Sujeito Selecionados, em tradução livre), cujo resultado (segundo o próprio autor) foi de que "não pode ser considerada evidência conclusiva do efeito parapsicológico".

Em experimentos controlados, algumas pessoas foram capazes de induzir a experiência de maneira ponderada, através de visualizações enquanto dispostas em um estado meditativo, descontraído, ou em sonhos-lúcidos. Em recente experimento conduzido por Henrik Ehrsson no Instituto de Neurologia, da University College London, com o uso de óculos estereoscópicos 3D, foi possível reproduzir a percepção de experiências fora do corpo nos voluntários do estudo. 

Os participantes confirmaram que eles experimentaram a sensação de estarem sentados ao lado de seus corpos físicos mediante ilusão ótica. Na área das ciências, o estudo pode sugerir que há evidência científica de que a fenomenologia de experiência fora-do-corpo possa ser explicada por uma alucinação. 

Estudos em áreas correlatas indicam que a fenomenologia de pacientes que passaram por quase-morte são análogas às de pessoas que vivenciam experiência fora-do-corpo. Há espaço para interpretações espiritualistas e modelos teóricos que considerem a delineação de espíritos ou substâncias imateriais, embora nenhuma tenha sido apresentado aos moldes de uma teoria científica refutável.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Telescópio Hubble comemora 21 anos com galáxia em formato de rosa


Para comemorar o 21º aniversário do lançamento do Telescópio Espacial Hubble, os astrônomos do Space Telescope Science Institute apontaram o olho do Hubble para um par especialmente fotogênico de galáxias, chamado Arp 273.

"Ao longo desses 21 anos, o Hubble mudou profundamente a nossa visão do Universo, permitindo que olhássemos profundamente para o passado e abríssemos os olhos para a magnificência e as maravilhas que nos rodeiam", disse Charles Bolden, administrador da NASA. "Eu tive o privilégio de pilotar o ônibus espacial Discovery quando ele levou o Hubble ao espaço. Depois de todo esse tempo, novas imagens do Hubble continuam a inspirar admiração e são uma prova do trabalho extraordinário de muitas pessoas por trás do observatório mais famoso do mundo", completou o executivo.

Revolução espacial

O telescópio Hubble foi lançado no dia 24 de abril de 1990, a bordo do ônibus espacial Discovery, na missão STS-31. As descobertas do Hubble revolucionaram quase todas as áreas de pesquisa astronômicas, da ciência planetária à cosmologia. A imagem que comemora os 21 anos do telescópio mostra uma grande galáxia espiral, chamada UGC 1810, com um disco que está distorcido, ganhando o formato de uma rosa. A distorção se deve à atração gravitacional de maré da galáxia companheira abaixo dela, conhecida como UGC 1813.

* Fonte:  http://www.inovacaotecnologica.com.br

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Hubble Deep Field": A Foto Mais Importante Já Tirada



Reproduzindo o conhecimento..

Em 2003, o Telescópio Espacial Hubble fotografou a imagem do milênio - uma imagem que mostra nosso lugar no universo. Qualquer um que entende o que esta imagem representa, é permanentemente transformado por ela.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Visões noturnas..


Eu vi a lua, assim de pertinho, numa noite quente de outono. E fiz isso sob repetidos olhares, quase de improviso.

Contemplei-a de um jeito curioso - que nem criança - por meio de um telescópio eletrônico, disposto n´algum lugar ermo do campus, em noite passada.

Ela era pálida, brilhante e possuía uma beleza desoladora, eterna. Os detalhes de suas crateras e manchas  eram, para mim, tão nítidos quanto a proximidade de uma textura qualquer diante dos olhos.

Lembrei-me de um episódio que já se passava esquecido em minha mente. De que eu já a tinha observado, assim de pertinho, uma vez - quando tinha sete anos de idade. Reencantei-me, enfim, por algo que a física ou qualquer astrônomo explica.

E minha alma reverencia..

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estudo indica que galáxias teriam se formado pouco depois do Big Bang


Uma equipe de astrônomos anunciou nesta terça-feira que o resultado de um novo estudo os leva a acreditar que as primeiras galáxias foram formadas apenas 200 milhões de anos depois do Big Bang, o que desafia o conhecimento atual sobre como o Universo evoluiu em seus primeiros tempos.

As evidências coletadas para este estudo vieram de uma galáxia remota, cujo brilho enfraquecido revelou a presença de estrelas muito antigas. "Descobrimos uma galáxia distante que começou a formar estrelas apenas 200 milhões de anos depois do Big Bang", indicou Johan Richar, principal autor do trabalho, astrofísico do Observatório de Lyon, no sul da França.

"Isso desafia as teorias sobre quão cedo as galáxias se formaram e evoluíram nos primeiros anos do Universo. Pode até ajudar a resolver o mistério de como a névoa de hidrogênio que se espalhava por todo o Universo no começo foi dissipada", explicou.

A mais antiga galáxia detectada e confirmada até hoje pelos cientistas foi criada há cerca de 480 milhões de anos após o Big Bang. Sob todos os aspectos, esta nova descoberta parece representar um recorde.

Entretanto, ainda não se pode afirmar isto, porque a descoberta foi feita indiretamente, e não por observação direta, disse Richard à AFP.

A equipe do astrofísico utilizou uma técnica chamada de lente gravitacional, o que significa que a luz da galáxia foi observada pelos telescópios orbitais Hubble e Spitzer depois de ter sido amplificada pelo empuxo gravitacional de uma segunda galáxia - que, por arte do acaso, está situada em uma linha reta em relação à Terra. Sem esta amplificação gravitacional, a luz desta galáxia distante, extremamente fraca, seria indetectável.

Utilizando o telescópio de espectroscopia nuclear Keck II, situado no Havaí, para analisar a luz, os astrônomos descobriram que o espectro vermelho da galáxia - característica que denuncia sua idade - indicava 6.027.

Traduzindo para termos leigos, isto significa que a luz observada hoje pelos cientistas na Terra foi emitida quando o Universo tinha 950 milhões de anos. A título de comparação, a mais antiga galáxia descoberta até hoje, em janeiro deste ano, apresentava um espectro vermelho de 10.3.

Entretanto, escondidos na montanha de dados infravermelhos coletados pelo Spitzer estavam sinais de que muitas estrelas da galáxia eram surpreendentemente antigas, e seu brilho, relativamente fraco.

"Isso nos mostrou que a galáxia era composta de estrelas com quase 750 milhões de anos de idade - indicando a época de sua formação em aproximadamente 200 milhões de anos depois do Big Bang, muito mais cedo do que imaginávamos", ressaltou Eiichi Egami, da Universidade do Arizona.

De acordo com a teoria do Big Bang, o Universo se originou de uma explosão há cerca de 13,7 bilhões de anos, e então começou a se expandir.

Depois que o recém-nascido cosmos esfriou um pouco, elétrons e prótons se uniram para formar o hidrogênio, o mais primitivo dos elementos químicos, e durante centenas de milhões de anos, este gás preencheu o Universo.

Como esta névoa de hidrogênio finalmente se dissipou é um dos maiores mistérios da astronomia. Uma das hipóteses é que a radiação emitida pelas galáxias tenha ionizado o gás. Mas isto seria impossível, já que certamente não havia galáxias suficientes para que isto acontecesse.

A resposta, na verdade, pode ser simples, segundo Jean-Paul Kneib, astrofísico do Centro Nacional Francês para a Pesquisa Científica (CNRS), em Marselha. "Parece provável ter havido, de fato, mais galáxias nos primórdios do Universo do que estimávamos - o problema é que muitas galáxias estão velhas e fracas, como esta que acabamos de descobrir", explicou o cientista em uma nota à imprensa.

"Se este exército invisível de galáxias velhas e de luz fraca realmente existe, elas podem ter providenciado a radiação necessária que tornou o Universo penetrável à luz ultravioleta", concluiu.

* Informação veiculada pela Agence France Presse, em 12/04/2011

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